dinsdag 24 augustus 2010

A ciência, há muito, se limitou ao estudo desprovido do saber filosófico, consequentemente anda distante da concatenação da vasta rede de elementos que constituem a realidade.
A inutilização de tanto produto acadêmico-científico se dá primordialmente á falta de observação cognitiva e noção de simultaneidade. Sem um embasamento filosófico , possível somente mediante um desenvolvimento de raciocímio amplo e cognitivo, limita-se as propostas de pesquisas acadêmicas á causas com extrema estreiteza de relação causa e efeito. Assim gera em ampla escala a inaplicabilidade ou uma utilização muito restrita desse saber, comparável ao esquema chave-fechadura, utilizado para ilustrar a especificidade da atividade enzimática. Isso dá a um volume enorme de produção acadêmica o destino inútil das prateleiras do academicismo.
Me refiro nesse texto, atenção, a um caminhar acadêmico generalizado que logicamente tem inúmeras produções que constituem verdadeiras e raras exeções á crítica que faço...
Uma gama de pesquisa voltada exclusivamente a especifidade poderá se relacionar somente com interesses privados especificados. E o que o observamos na atualidade é justamente uma produção de pesquisa exclusiva e patenteada portanto omitida da humanidade, ou pelo menos a grande parte dela. Uma ciência tocada nesse compasso perde função de sistema de conhecimento com potencial real transformador. A velocidade das descoberta fica limitada á velocidade de disputas comerciais e do modismo, que justifica e explica a pobreza do valor de tais pesquisas.
Sofre o aluno os efeitos que se fazem perceber na notória falta de pertencimento ao coletivo, ao todo. O sistema de ensino que trata igualmente seres humanos com vivências desiguais não pode ufanar a meritocracia como metodologia inquestionável. Essa crença está gerando uma grande massa de SERES HUMANOS em clima de competição e simultaneamente um conformismo nesse sistema de crença. São esse SERES HUMANOS, mal formados que irão ditar o pensamento de toda uma geração e forte influência nas sub-sequentes..
O mais patológico nessa situação é a deposição de fé por parte da sociedade na infalibilidade dos centros acamêmicos: "...isso nem se discute, já foi provado cientificamente..." Lá se sabe quantas vezes verdade científicas , tidas irrefutáveis á epoca, foram derrubadas algum tempo depois. Vale lembrar que há cento e cinquenta anos atrás essa mesma ciência cética, com uma visão de mundo limitada á cegueira de sua metodologia , discutia a abiogênese enquanto o campesino desde meilhares de anos antes que se não houvesse tantos animais macho e fêmea no seu rebanho não ocorreria prole.Da década de 90 pra cá houve muito trabalhos científicos publicados sobre sistemas agroflorestais* questionando funcionalidade e produtividade. Lembrando que a maioria dos experimentos são feitos ex-situ ás comunidades que dominam a técnica.
Por um mundo melhor que esse , que cresça ainda mais o repúdio por esse sistema de de ensino miserável de ética e á parte da realidade vivida pelos demais atores da sociedade! Que o conhecimento seja livre; e não feudal! Que o conhecimento se dê primeiramente na prática para então gerar um volume teórico; e não o oposto. Que desconfiemos de qualquer e todo sistema de crença que nos distancia do viés "vivência" nos limitando ao "teórico". Isso é doentio.
Doguiet al (eheheheheh)
*Sistema de cultivo tradicional praticado há milhares de anos por diversas populações nativas dos trópicos do planeta.

zondag 6 december 2009

Aprendizado dos que se foram

Á sombra de muita veracidade, primeiramente conosco, como responderíamos se nos perguntassem se tocaríamos nossa dignidade por conforto e bens materiais ?? "É claro que não!", se adiantariam alguns. Outros concordariam com os primeiros acenando com a cabeça e enrugando a testa. Mas, se analisarmos, ainda á sombra da mesma arvore de veracidade, poderemos enxergar que o caminho trilhado pela grande maioria não vai diferente: troca-se preciosas horas de existência, na qual basta estar para ser digno, por devaneios que em nada operam a nosso favor.

Como falar em ser digno se sequer somos sinceros conosco, deixando sempre nossos anseios mais profundos serem dominados por modismo, vaidade, ou ainda, na maioria das vezes, MEDO. Medo de tentar o novo, o que não foi feito ou ousado por alguém. Raios! Oxalá não vivermos historias já vividas por outrem! Vivemos num momento singular (o que requer atitudes singulares) jamais vivido por outra sociedade. Bonito? Não, apenas o óbvio. Levando esse aspecto em consideração temos uma poderosa arma para fazermos o que quisermos, apesar da pressão exercida pela nossa grande carga de valores e pré-conceitos culturais. Como observou bem Terrence McKenna, estudioso de substâncias alteradoras da percepção, algo que poderia ser traduzido por: “Acreditarmos numa coisa implica, necessariamente, não acreditarmos na possibilidade do seu oposto". Isso é o que mantém muitos estáticos no sofá tamásico da modernidade: a incapacidade de enxergar e considerar outras realidades possíveis senão essa á que estão presos pelos grilhões mentais.

Será possível negar que a dignidade esta sendo deposta em detrimento do conforto e ambição se levarmos á cabo a questão saúde? Se frisarmos o aspecto holístico de saúde que envolve as inúmeras instancia que não só a física, como o mental, emocional e outras faculdades menos expressivas por palavras, àqueles que responderam “claro que não”, no começo do texto, agora lhes faltaria o chão. O que assistimos no momento é a usurpação consentida da dignidade e integridade das pessoas que SE (não se deve retirar a culpa do sujeito como invariavelmente tenta fazer a sociologia, vitimando-o) escravizam pelo excitamento máximo dos sentidos, como o da visão, quando passam horas sentadas em frente a caixa maldita após jornadas de trabalhos dedicadas a comprar supérfluos. A permanência em si , o estar, nos centros urbanos é suficiente para nos impor enorme quantidade de impressões visuais , que sem o devido processamento se acumulam de forma danosa em alguma instância de nossas faculdades mentais. O que dizer então do excitamento que vemos do paladar, com toda a parafernália quimico-alimenticia que tem por fim a acentuação dos sabores possíveis? Estes e outros estímulos produzidos industrialmente têm por fim fazer com que seu cérebro "sinta vontade" de repetir esses altos graus de excitamento. Só que quando deixamos que nos roubem nossa saúde, nossa dignidade, pagamos um preço muito caro: em todas as classes, prinpalmente urbanas, se manifesta o que qualquer analise séria da sociedade e população chamaria de pandemia. E da pior doença: o vício dos sentidos. Piores ainda aqueles vícios que entorpecem não só os sentidos mas também o discernimento do ser. Porém o que observamos é uma exaltação ao consumo de uma substância extremamente danosa como álcool, idolatrado e mantralizado em inúmeras canções de repercussão contemporânea. Assim cabe a pergunta: por que cargas d'água é a única substância alteradoa da percepção que pode amplamente comercializada e consumida, enquanto outras bem menos danosas e potencialmente curativas continuam proibidas?


Como diria o Bessa: "A sociedade esta doente, simplesmente. As pessoas precisam de ajuda." Para ajudá-las precisamos primeiro nos curarmos. Só posso ajudar alguém se primeiramente sou capaz de me ajudar e ser o mais sincero comigo. Se não hajo com sinceridade aos meus princípios e vontades como poderei ser verdadeiramente sincero com o próximo a ponto de ajudá-lo?
Seja digno da oportunidade da probabilidade ínfima que é a de estar vivo, consciente. Tome as atitudes que já deveriam ser tomadas e mantenha-se saudável nos vários âmbitos da sua existência.
A morte repentina de uma pessoas mais ou menos próxima sucita o medo de sermos nós que fôssemos pegos , por forças casuais ou não, sem sequer termos começado a trilhar o caminho que realmente almejamos. Para o individuo que vive de acordo sincero com suas vontades e reais necessidades esse medo foi superado.


Que o irmão transcenda na mais tranqüila paz e serenidade !
Que vá para um plano melhor que esse!
Valeu Gabriel Café, que sejamos capazes de retirar algum significado da tua ida (ou não!)!


Guido Botti Zanello





donderdag 19 november 2009

Percepção da realidade e co-criação


Texto surgido da troca de correspondencias feitas a uma amiga.


Até que ponto somos seres dotados de liberdade tanto de escolha como de influência? Qual o limiar do quão influentes somos sobre outras pessoas e o quão somos influenciáveis? Acho nao ser possível encontrarmos resposta plena senão aceitarmos que o "eu" que tanto decide e cria realidades distintas também é determinado pelo coletivo. Então , temos tanto uma realidade coletiva criada/influenciada por muitos "eus" quanto o "eu" inlfuenciado/criado pela realidade coletiva; falamos então do que pode ser chamado de co-criação. Vivemos, pois ,uma realidade co-criada.

O que você deseja não necessariamente é determinado pelo coletivo mas é, no mínimo, influenciado por ele e o seu querer terá influência no coletivo. Mesmo quando se nega esse coletivo ele esta exercendo influência , pois negar um objeto implica que este seja necessariamente criado, assunto já discorrido por inúmeros filósofos e milenarmente conhecido nas filosofias orientais. Uma vez o objeto criado, passa a exercer influência , ainda que em escala mínima. Talvez por isso quando lutamos para estarmos livres de dogmas eles naturalmente são criados e se tornam mais impregnados no ser a medida que lutamos contra.
Por isso numa busca maior o sentido deve ser concentrar-se no processo e não num fim específico passível de finitude. Não me concentro em criar uma comunidade e sim no processo de criá-la, ou melhor, co-criá-la. Mesmo que um dia haja duas ou mais gerações estabelecidas no local o fim não terá sido alcançado. Todas essas pessoas que ali viverem serão diferentes dia após dia, nunca atigindo um fim estável, finito. A busca não é por uma conquista final, algo como um troféu a ser guardado na estante.
"... parte nunca é parte se realmente não tivesse o todo.". Então o indivíduo só é indivíduo se houver coletivo, certo? É por isso que acredito que na busca para ser um ser mais completo o coletivo é imprescindível. E viver em comunidade, portanto inserido em um coletivo,significa constante embate dos diferentes "quereres" e realidades co-criadas. É aí , surgido desse embate constante, que passamos a compreender, ainda que em porporções desprezíveis, a realidade que o próximo co-criou. Isso, aliado ao uso de enteodélicos e práticas meditativas , provoca a expansão real da conciência.
Expandir a conciência é em si, não o olhar por cima da bolha e sim por cima, por dentro, por baixo, através , do avesso etc. enifm, ser capaz de levar em consideração sincera outras formas de raciocínio advindas de outras realidades co-criadas.
Viva o processo!

De volta á atividade mental

Ao viajar pela Europa em 2007 , por propriedades de produção orgânica, algumas delas cooperativas , comunidades, ecovilas etc obtive um tempo de muita inspiração no qual tive a oportunidade de registrar em forma textual algumas reflexões. Agora, depois de tentar um retorno em vão á vida acadêmica (como poderia após uma expansão da mente?) e de passar um tempo num instituto de permacultura em Ubatuba-Sp, passo a residir na zona rural de Rio Pomba aonde estou fixado entre indas e vindas há três meses. Atualmente estamos desenvolvendo a criação de um instituto de carater politico-ambiental-espiritual numa terra de aproximadamente 50hectares. Sítio esse que me proporcionou até o presente momento, inúmeras outras reflexões, que faz com que volte a re-utilizar este blog. Espero que gostem dessa nova fase de insights. Divulguem se por interesse convir.
Guido Base

maandag 12 november 2007

As Outras Portas da Percepcao


Ja estava ha um tempo pensando em escrever algo sobre o assunto mas as ideias ainda ao estavam concatenadas a pontos de serem esbocadas em palavras.O se segue é apenas uma tentativa.
Com a Revolucao de Gutemberg, que fez com que a impressao passasse a ser feita em proporcoes jamais vistas ate entao e aumentasse significante a extensao do material impresso, uma vez que tornava o processo mais barato, acreditava se numa gama de impactos vindouros decorrentes que, infelizmente ,o futuro ja desmentiu. Nao, a populacao nao goza dos direitos ao acesso a livros, pelo menos de qualidade. Livro de qualidade , num contexto como nosso, deve ser entendido como ‘atualizado’. Esse ainda nao caiu no dominio publico (direitos autorais) e somado a ganancia dos oligopolios da impressao .chega as maos da populacao a precos incompativeis com a realidade social. Quer uma amostra ? Bibliotecas publicas federais é um bom comeco pra ver que livros atualizados nao sao tao disponiveis. Tanto é, que o processo de quebra de patentes se faz necessario e ocorre, de forma franca e aberta, a pratica da xerox em ambiente universitario sem que sejam contabilizados direitos autorais. Como é senhores governantes ? Aonde esta a etica ? A socializacao de informacao deve ser de forma aberta, nao ficar assinando tratados internacionais ratificando o direito a patente e direitos autorais e por ‘debaixo dos panos’ fazer o contrario em instituicoes de ambito federal. Tem de escancarar de uma vez por todas : aqui o acesso a informacao é aberto ou nao ? Outro problema é a falta de material impresso na lingua portuguesa para estudantes de alguns cursos superiores, mas foge um pouco do assunto que vou tentar tratar.
Mais tarde veio o radio, promessa de que tambem seria uma ‘revolucao’ de colossais proporcoes. A historia negou tambem. Logo depois vem a televisao com a promessa de fazer melhor , de fato se sai melhor que o radio, mas a extensao a populacao continua na promessa. Essas revolucoes tecnologicas nunca atingem suas esperancas depositadas passando sempre a ter justificativa pratica de atender interesses particulares. Tecnologias criadas num contexto aonde a propriedade privada é a legitimacao maxima dos direitos , portanto, a criacao vem sempre ligada a uma patente particular. A Internet foi o tiro que saiu pela culatra. Criada para fins militares, a ARPANET(precursora do que conhecemos por Inertet hoje) saiu dos parametros de controle (total) e hoje tem proporcoes de possibilidades ainda inatingiveis pelo nosso entendimento. O agente PASSIVO, que sentava ao lado do radinho a pilha ou sentado em frente da televisao, sendo bombardeado por imagens selecionadas por periodistas sem compromisso algum com o coletivismo , passa a ser o agente ATIVO, que escolhe o que quer ver .
Gosto de deparar a historia que temos conhecimento com a pergunta : sera que a Internet é a revolucao ? Depende das nossas habilidade em ‘caminhar’ nessa outra dimensao , o que faremos com ela e do conceito escolhido para ‘revolucao’. Alguns autores chamam a Internet de outro nivel de conciencia. Esse pode ser o instrumento que transforma alguns pontos fracassados de revolucoes tecnologicas passadas em possiblidade real da socializacao do conhecimento e comunicacao. Podemos encontrar na Internet a ferramenta necessaria para alguns pontos dos imaginarios socialistas e libertarios anarquistas mais utopicos. Esta visivel pra quem quiser ver a socializacao ocorrendo no campo das letras e musica. Fico feliz quando encontro os chamados movimentos Copyleft, com destaque para o movimento Coletivo Sabotagem (http://sabotagem.revolt.org/) no Brasil, que sofreu processos e teve o site suspenso mas sempre dao o jeito de voltar a ativa. Alem de que ja nao tem mais cura: é virtualmente impossivel ‘apreender’ os documentos divulgados por motivos obvios. É possivel verificarmos a aderencia de alguns artistas a essa tendencia de compartilhacao como o cantor Bnegao (http://www.bnegao.com.br/), que disponibilizou por completo seu disco ‘Enxugando Gelo’ para download. O que eles fizeram ja esta na rede e no computador de milhares de internautas. Nao tem mais volta. Esses e outros individuos compostos somentes de conciencia espalhados por essa dimensao tornam disponiveis materiais preciosissimos que nunca chegariam ao nosso conhecimento seja pelo distanciamento fisico propriamente dito ou por custos. Viajando nesse nivel diferenciado de concienca o cibernauta entra em contato com pessoas que deixam de ser pessoas de carne e osso e passam a pertencer a essa outra dimensao onde o que conta é a sua conciencia. Ninguem tem cor, sexo, cheiro, tamanho. Por isso afirmo que é uma comunicacao de concientes ,ainda que seja verdadeira a afirmacao de que é limitado por palavras e imagens, o que desacelera a fluidez de pensamentos Por essa volatilidade adquirida por individuos ou coletivos justifica se a afirmacao de que a rede é uma verdadeira revolucao pois nao transforma somente os meios de reproducao de conhecimento mas principalmente, pela primeira vez, modifica a condicao de existencia do proprio ser humano bem como suas relacoes.
A liberdade de expressao encontra na rede a fidelidade de direito aos seus preceitos fundamentais. Movimentos sociais fazem seus enlaces, comunicados e denuncias via Internet. Isso os movimentos de carater socio-ambiental estao fazendo muito bem mas ainda tem muito a crescer. Movimentos revolucionarios guerrilheiros de toda a America e mundo fazem suas pronunciacoes e reivindicacoes : as Forcas Revolucionarias da Colombia(http://www.farcep.org/), o Exercito Zapatista de Libertacao Nacional (http://www.ezln.org.mx/) e outras tantas espalhadas pelo globo. Quando seria possivel uma pronunciacao segura para os lideres dessas orgnizacoes reclamassem e falassem abertamente o que querem sem distorcoes midiaticas ? Ou quando seria diretamente acessivel as ideias de grupos considerados ‘ilegais’ pelos ianques ? Esse meio torna isso possivel. Tocando no assunto nao podemos esquecer do Centro de Midia Independente (http://www.midiaindependente.org/) presentes nas mais diversas nacionalidades e linguas, aonde qualquer um pode ser um reporter, fazer denuncias e expor opiniao. Nao podemos nos esquecer que apesar da aparente falta de controle, essa liberdade propiciada por esse mundo virtual ainda é controlada (ou tentam controlar) por empresas norte-americanas por mecanismos para mim ainda obscuros (se alguem souber me escreva, por favor), o que provocou ha um tempo atras reclamacoes na ONU por parte do chamado G5. Uns amigos que serviram de voluntarios em ONG’s no Iraque , que denunciavam crimes cometidos pelas tropas assasinas da alianca anglo-norte americana principalmente, me reportaram que os emails demoravam cerca de dois dias para entrarem ou serem enviados das caixas postais dos correios eletronicos, o que levanta uma hipotese de um suposto controle ou violacao antes de serem enviados ao seus destinarios.
O ponto que toca a questao de substancias alteradoras de conciencia é igualmente transformador: pela primeira vez usuarios de tais podem compartilhar visoes e experiencia sobre o assunto sem a manipulacao direta de contaminantes de informacao como os dogmas estabelecidos pela meios informantes da sociedade. Esse poderoso meio nos possiblita o contato com substancias igualmente poderosas que poderiam nos passar despercebidas ou mesmo censuradas seja por lei e/ou interesses particulares. Ha em vigencia um forte movimento nao so que colocam em debate as drogas usualmente mostradas pela midia, como o Growroom que trata principalmente sobre a canabis. Outros sites tambem trazem a discussao substancias psicoativas menos conhecidas como DMT, Psilobicina, LSA, mescalina e tantas outras, alem de compartilharem metodo de cultivo e a disponibilzacao para venda ou troca de sementes de plantas ou esporos fungicos com propriedades alteradoras do estado de conciencia (http://www.lycaeum.org/ / http://www.muscaria.com/ / http://www.erowid.org/ ). Fazem isso legalmente utilizando as brechas nas leis dos paises que, devido a velocidade de processamento de informacoes da Internet, nao conseguem processar leis a tempo para conter toda a informacao adquirida pelos psiconautas. Essa é uma possibilidade real que os visionarios teem para terem acesso as ,chamadas por Aldous Huxley e censuradas pela politicas de war on drugs, portas da percepcao.
Com a chamada ‘Web 2.0’ (jogada de marketing ou nao) as portas foram ainda mais ampliadas e a interatividade nesse outro meio de contato interconciente aprimorada. A Wikipedia como uma enciclopedia viva atualizada e criada pelos proprios usuarios é um bom exemplo. Fato esse que nos propicia visoes mais dinamizadas e nao so proveniente de poucos meios informativos como acontecia antes da ampliacao do uso da Internet quando as fontes mais comumente usadas de enciclopedias eram as a ‘Barsas’ e ‘Larousses’ da vida, usualmente ultrapassadas, pois era inviavel por questoes economicas e de espaco fisico comprar uma outra colecao de enciclopedias num curto espaco de tempo. Sao infinidades de informacoes armazenadas em espacos infinitesimais disponibilizadas somente pelo o acesso a esse outro plano.
Essa dimensao diferenciada possibilita o surgimento e acoes de individuos ou coletivos que poderiam ser considerados subversivos,criminosos, insurgentes, ou qualquer outra denominacao contidas nas leis do‘Estado de Direito’vigente. E algo que em alguns pontos tocam a Zona Autonoma Temporaria descrita por Hakim Bey.no livro TAZ (www.sabotagem.revolt.org/sites/sabotagem/files/TAZ_-_Hakim_Bey.pdf ): ‘…a Taz - abreviacao usada originamlemente pelo autor - pode envolver varias taticas de violencia e defesa, mas seu grande trunfo esta em sua invisibilidade – o Estado nao pode reconhece la porque a historia nao a define. Assim que a TAZ é nomeada (representada , mediada), ela deve desaparecer, ela vai desaparecer, deixando para tras um involucro vazio, e brotara novamente em outro lugar, novamente invisivel, porque é indefinivel pelos termos do Espetaculo. Assim sendo , a TAZ é uma tatica perfeita para uma época em que o Estado é onipresente e todo-poderoso mas, ao mesmo tempo, repleto de rachaduras e fendas.’ O que nos resta é sabermos como aproveitarmos do que temos disponivel para tentar transformar alguma realidade aproveitando as brechas do Estado , mesmo que seja uma transformacao local, nacional ou global. Se constitui numa critica afiada ao sentimento nacionalista, que foi ate entao, um sentimento considerado inerente da natureza do ser-humano
Enquanto a net nos impoe uma hierarquia verticalizada, aonde atuam as transferencias de dados elitizados, portanto restritos, como dados militares, seguranca de Estado, transacoes bancarias e monetarias, surgida de dentro da net encontramos uma especie de contra-net : a web, aonde o acesso a dados sao abertos o que constitui uma hierarquia horizontal palpavel a todos da rede. Temos a liberdade de agirmos no que poderia ser comparado as taticas de guerrilha. O que conta é a sua invisibilidade no ataque e sua fluidez na fuga , sem deixar provas do crime. Somos os cacadores avidos por informacao. A Internet promove atuacao na confusao gerada pela aparicao de uma nova dimensao ‘palpavel’ : os planos se sobrepoem, fazendo com o que a Dimensao Realidade tome verdades da Dimensao Simulacao e vice-versa formando um sistema dinamico de complexidade fabulosa. E nisso ela faz muito bem regidas por leis que em muito se aproximam da Teoria do Caos e formulas nao-lineares devido a infinidade de variaveis (possibilidades) possiveis.
Atencao que o modo de relacao dito virtual nao deve jamais ser comparado ao tete a tete, a presenca dos individuos . Sao coisas completamente diferentes que nao se opoem mas se complementam em alguns pontos. Em vez de perdermos tempo fazendo comparacoes (uma pratica de raizes profundas no nosso sistema de crencas embasado na ciencia moderna) vamos nos ocupar em aproveitar os beneficios gerados. Qualquer tentativa de superar processos de aprendizagem humanos eu os refuto e apelo novamente com o argumento da possibilidade de complementariedade.
Nao negligencio que a Internet ainda nao esta ao alcance de todos nem ao menos a maioria, mas esse é um texto de divulgacao num meio cibernetico. Por isso descorro partindo do principio que todos teem o acesso e voce, que esta lendo este texto, nesse momento nao passa de um individuo cibernetico somente funcionado como um terminal para processamentos e movimentos digitais incluido numa dimensao iguamente cibernetica. Portanto parto do principio do todo de uma so dimensao, que é a digital. Deixo meu protesto em favor da ampliacao e socializacao do acesso a Internet. Ampliacao essa que nao deve ser confundida com a politicas publicas que teem como objetivo o combate ao analfabetismo digital ou o de ‘inclusao digital’, somente pela doacao de computadores baseadas em transacoes fraudulentas , comumente observada na politica brasileira .Entendem que ‘inclusao digital’ é capacitacao de mao-de-obra para o mercado Eh mais que isso: é trazer a habilidade nessaria às liderancas marginalizadas que representem os grupos sociais excluidos para compartilhar visoes e encontrar aliados na mobilizacao que seja, potencializando a extensao digital pretendida atraves do quesito qualitativo e nao quantitativo. Essa é uma tarefa dificil num pais ainda com uma politica com marcas profundas de um sentimento pos-ditadura aonde as disputas democraticas sao realizadas no campo de disputas publicitarias. Aonde politicos eleitos nao abrem mao do voto secreto (por que sera ?) e a candidatura se baseia em numeros, portanto em um carater quantitativo, a socializacao real desse meio se faz dificil.
Nao tentei nesse texto me opor ao chamado movimento ultra verde e a negacao da tecnologia com argumentos neo-luditas, mas apenas faco o uso e a alusao de/as ferramentas deixadas pelos lapsos de controle. Um ‘viva’ a todos projetos ‘subversivos’e a todos aqueles individuos exploradores que buscam pela experimentacao direta outros tipos de conciencia !

Guido Base

donderdag 25 oktober 2007

Questao de Concepcao

A questao do que é necessidade basica, passa como muitas outras situacoes, pela circunstancia envolvida de disponibilidade de recursos e conhecimento.
Quanto mais alto, nao qualitativamente mais quantitativamente, é o conceito de necessidade basica, mais impactos provocamos num ambiente global, que ja se encontra mais que adoentado.
Essas diferentes realidades respondem ao sistema capitalista de maneiras diferentes :. Logicamente que o impacto gerado se da em diferentes intensidades. Nao podemos observar o capitalismo mirando somente na parte mais forte da corda temos que tentar enxerga lo tambem no lado fraco para entendermos um pouco mais.
Estou trabalhando ilegal num restaurante junto com mais dois : Paul, o dono , cozinheiro alcoolatra e explorador e Christopher, pai de famila e obcecado em ganhar sempre mais, pois segundo ele nao leva uma vida com suas necessidade basicas atendidas. Estava sempre a se queixar que tinha que trabalhar e que a vida na Belgica nao eh nada facil. Ja vacinado deste tipo de comentario por aqui, ja indentificava que era puramente concepcao do que eh necessidade basica. Recebemos uma ordem do Paul : tinhamos que carregar o carro de tralhas e teriamos que leva-lo a um cerimonial aonde se daria a festa mas antes passariamos na casa de Christopher pra pegar roupas de gala pois iria ser o garcom da noite e eu de faz-tudo escondido na cozinha sem mostrar minha cara de latino-americano mal vestido. Quando chegamos a casa dele me deparei com uma casa que era de tal humildade que estava a altura de comparacao com qualauer casa dos bairros mais caros de qualquer grande capital brasileira. Me ri por dentro. Nao porque nao reconheco que trabalha se muito (verdade que no brasil as condicoes sao bem piores, mas porque o vejo completamente cego acreditando que nao leva uma vida sossegada. Quanto mais tem , mais quer ter. Nunca se satisfaz. Quanto mais se aproxima dos padroes ditados pela cultura globalizada mais se assemelha a esse tipo de insastifacao.
Nesse enredo de estar sempre buscando mais, acumulando mais, para satisfazer suas necessidades creditadas como ‘basicas’ vai indo num caminho que parece nao ter volta, fica cego e passa nao enxergar outras alternativas. Raciocinando, na melhor das hipotese o cidadao que cultiva esses valores ficara rico (financeiramente), o que nao é nenhuma garantia de realizacao pessoal ja que se busca um objetivo seguindo uma logica de ‘sempre mais’ para se satisfazer. Resultado dessa moqueca de incongruencia : insatifacao na certa, falta de tempo para a familia, problemas conjugais e com filhos. Alem dos problemas de saude derivados do corre-corre e dos lanchinhos rapidos e mortiferos. é sabido por dados da OMS que a depressão é um sério problema de saúde pública, e será, em 2020, a primeira causa mundial de invalidez, a seguir às doenças cardiovasculares e ainda que trinta por cento da população europeia já viveu uma depressão. Queremos ainda atingir o ‘le bien etre’ do Velho Mundo ?
Ha um tempo atras estive em Marselha e fiquei num apertamento que tinha um menino que estava entrando no correspondente ensino medio brasileiro. No primeiro dia de aula o mininote me volta com um lap top muderno que ocê tinha que vê. A escola dizia que era uma ferramenta essencial, basica como se fosse um lapis na mao de estudantes brasileiros, entao cumpria seu papel de instituicao educacional e dava um ‘lapis’ desses a cada estudante matriculado. Me lembrei na hora as praticas feita por organizacoes de pais em escolas publicas na tentativa de fazer ‘vaquinhas’ pra comprar um computador pra ser dividido por todos alunos . Logo em seguida veio flash daqueles politicos brasileiros bem chulos sorrindo ao lado de uma meia duzia de computadores recem doados pra aquela escola, quicà a mesma que ele desviou dinheiro. Me ri por dentro. Dessa vez para nao chorar.
Bom agora eu to Anwerpia e daqui vou a Caracas e depois ir migrando ate Vitoria ES. Vai ser bom ver o contraste entre o lado de quem esta roubando as nacoes que pagam por esse bem estar descofigurado e nao se satifaz, e o lado que paga por isso.

dinsdag 23 oktober 2007

Mais ou Menos Assim

As vezes fico muito tempo falanndo sozinho aqui na gringa que passo a achar que ja falei pra alguem das coisas que eu penso. Resolvi escrever:
Na minha cabeca idealizo um lugar projetado pra ser exemplo, nao a ser copiado e reproduzido, mas que mostre que outras formas de se viver sao possiveis. Formas estas de carater ecologico que chamaria de organico uma vez que tentamos nos aproximar do nosso estado mais fundamental, aquele que eh integrado com todas as entidades sejam elas vivas ou ‘nao vivas’. Tendo essa linha de pensamento eh indispensavel a interdisciplinaridade como carro-chefe.
As diversas experiencias contidas em cada elemento do grupo deveremos saber aproveitar de alguma forma e canalizar esse esforcos na producao e reparticao de conhecimentos nao so considerando um grupo de individuos fechado mas um grupo composto pela sociedade e a realidade nas quais estaremos inseridos.
Teremos em mente a transformacao de realidade local atraves de cursos gratuitos para a populacao local financiados por cursos ministrados a uma populacao de maior poder aquisitivo, vendas de produtos agricolas processados e no estado fundamental(somente se nao precisarmos para consumo proprio ou nao tivermos como processar), ecoturismo, financiamento publico e privado. Os cursos para as populacoes seriam os mais diversos como mostra de filmes, ecologia, engenharia adaptada a realidade, linguas, permacultura, economia,filosofia,sociologia, promocao de festas tradicionais e tudo aquilo que tivermos acesso e considerarmos importante para o fortalecimento da cultura local. Imagino um centro de referencia de criticas ao sistema vigente . No entanto, nao seremos meras criticas, como o que estamos acostumados a ver principalmente nos meios academicos, estaremos apresentando na pratica a nossa alternativa funcionando apesar de todas as pressoes que certamente sofreremos.
Estaremos voltados para os acontecimentos locais mas sem deixar de lado oq que se passa em outros lugares . Por isso relacoes com outras organizacoes e instituicoes sera de suma importancia e , para isso, temos uma ferramenta poderosissima em nossas maos que eh a Web, onde podemos fazer denuncias e buscar recursos , bem como divulgar nossas ideias e eventos e de abrir um espaco para internautas do mundo inteiro poderem achar respostas e ate quem sabe chegarem a concretizar contato direto vindo ate a nossa comunidade.
Minha ideia eh de um lugar que ao mesmo tempo luta pela tradicao cultural local esta aberto a vinda de todos aqueles que estiverem no objetivo de apoiar as causas por nos defendidas, nao esquecendo de pessoas estrangeiras. Para isso ja tenho em mente um site traduzido pelo menos em seis idomas que sera possivel a realizacao somente com as pessoas que ja estao envolvidas no projeto. Site esse que podera esta vinculado a universidades e organizacoes como a WWOOF( www.wwoof.org) para vinda de voluntarios.
Bom ideias de auto-suficiencia em tudo que estiver ao alcance sera produzida pela agroecologia , artesanato, marcenaria e outro. Bioconstrucao seria o embasamento para as construcoes e permacultura nosso espirito para os planejamentos.
Bom deve estar faltando muita coisa mas deu pra dar uma nocao do que eu penso. E lembrem-se isso nao somente um sonho fantasioso eh um sonho perfeitamente ao nosso alcance !!!
Ta dado o recado espero comentarios de todos que ainda nao se manifestaram por escrito.


ps; commo dito estas sao minhas ideias e que portanto estao de acordo ou nao com os demais cumpadres portanto sujeita a criticas . Por favor faca criticas , isso provoca evolucao de ideias.